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  • Foto do escritorApoena Torres Forte de Lima

Mercantilização dos Direitos da Sociedade Civil


A drainagem do estado proporciona, inevitavelmente, uma mercantilização dos direitos. É necessário lembrarmos que somos um país de extensão territorial continental. Por conseguinte, eles prestam (os Correios) não somente serviço de entregas supérfluas de compras quaisquer, há entregas de livros didáticos, vacinas, medicamentos à lugares remotos, lugares estes, que pela difícil acessibilidade, não convém a iniciativa privada atender – que têm por princípio orientador interesses pecuniários, não a universalização de serviços. Daí, um risco iminente de municípios ficarem não só sem correspondências, mas também sem medicamentos, ou se os tiver serão a altos custos.


Além do mais, trata-se da privatização de uma empresa rentável, uma empresa que não depende do orçamento público. Apenas no ano de 2020 ela teve um operacional de caixa de cerca de 1,53 bilhões. De 2001 a 2020, foram aproximadamente 12 bilhões, dos quais 9 bilhões foram repassados ao governo (valores atualizados pelo IPCA). Por conseguinte, segundo DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), sete dos dez países com os melhores serviços postais do mundo, são públicos.

Em última análise, vende-los em plena crise, é vender a preços depauperados, desvalorizados. O projeto de lei 591/2021 foi aprovado, na última semana, no Congresso. Agora entrará em votação no Senado.

É preciso uma reação da sociedade civil contra mais essa proposta deletéria do governo de Bolsonaro.


Apoena Torres Lima, cientista econômico em formação pela Faculdade de Ciências Socioeconômicas e Humanas da Universidade Estadual de Goiás.


Referencia bibliográfica: TAKEMOTO, Sergio. “A quem interessa a venda dos correios”, Diário do Centro do Mundo.

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1件のコメント


luiseduardo61
2021年9月15日

Excelente texto!

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